sábado, 16 de julho de 2016

Pré-projeto de mestrado: minha história de guerra

(Aviso: o texto abaixo foi escrito ao som de Spice Girls. É um texto sério. Mas não é muito sério. Não dá para ser muito sério ao som de "Wannabe").

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O ano vai se aproximando do fim...daqui a pouco começam as seleções de mestrado/doutorado. Em todo o país, aspirantes à vida acadêmica organizam pilhas de documentos, revisam o Lattes e se vêem às voltas com as páginas do pré-projeto.

Para quem não tem experiência com a escrita acadêmica, esta pode ser a parte mais aterrorizante. Eu fiz parte deste time: só fiz um TCC na especialização, e um relatório de trabalho na graduação. Ou seja...
Objetivos específicos? Objetivo Geral? Articulação teórica? What?!

E, para piorar, eu já comecei com altas aspirações: em vez de me inspirar em algum trabalho meu anterior para o pré-projeto, eu quis buscar um novo tema, que fosse interessante para mim, para a ciência e para alguém de bom coração que quisesse me orientar (ver representação gráfica bonitinha sobre isso aqui).

Uma ótima intenção. Linda, perfeita, super justificada.

O problema é que as pessoas levam anos para conseguir fazer isso. Basicamente, este é o trabalho de uma doutoranda.

Obviamente, eu, na época aspirante a mestra, não ia conseguir. Foram semanas de desgaste, horas sem dormir, matutando e matutando...Para, no fim, elaborar um projeto que, nas palavras de um professor da banca, "tinha problemas de aderência, pertinência e contextualização ". Ou seja, só o português se salvava (*).

E hoje, elaborando o projeto de dissertação MESMO, ele não tem nenhuma relação com aquele pré-projeto do começo. Mas continuo com as mesmas intenções elevadas...rss...

Ah, Rosa...então você se arrependeu daquele esforço todo?
Hmmm...não. Foi tenso, mas no fim do processo da escrita eu estava até feliz...E acabou sendo uma preparação para a minha rotina atual.
Porém, há caminhos menos tortuosos: ampliar trabalhos que você já fez pode ser uma boa opção =)

(*) Em tempo: como falei aqui, meu pré-projeto de dissertação em 2014 queria abordar a relação entre o ativismo digital e o ativismo tradicional (na vida "real"), ou seja, a tecnologia como elemento desencadeador de transformações sociais (na época eu não falava assim bonito..rss...). Eu precisava de uma causa específica, porque o ativismo digital é um tema amplo...escolhi o feminismo. De lá para cá, houve uma série de iniciativas sobre este tema: virou notícia e TT mundial. Ou seja, o tema em si tinha "caldo". Mas não para um contexto que estuda tecnologia em empresas. Fica a dica: pertinência é tudo! =D

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