sábado, 7 de maio de 2016

Verdades sobre organizações, para profissionais de TI/SI

Estou lendo muitos artigos sobre o papel dos sistemas de informação nas organizações e uma coisa tem me incomodado: os pressupostos que as pessoas ligadas à tecnologia por vezes adotam. Meu palpite é de que estes pressupostos podem atrapalhar bastante (e Orlikowski concorda comigo). Se eu pudesse dizer algo para "geral", seria o seguinte:

  • Para você a tecnologia é um fim. Para eles, é meio. Deal with it.
  • A tecnologia não resolve nada, não transforma nada, não melhora nada. Pessoas resolvem, pessoas transformam, pessoas melhoram. Para isso elas podem usar (a sua) tecnologia (ou não).
  • Não é porque a tecnologia está disponível que ela será utilizada.
  • Usuários que usam o sistema da forma que você acha que eles deveriam usar são milagres a serem estudados. Não são a regra. E isto não é, necessariamente, uma coisa ruim.
  • Quando um(a) usuário(a) reclamar de algo, ouça: ele(a) pode não se expressar nos termos mais claros, adequados ou compreensíveis, mas por trás daquele emaranhado há uma demanda. Ouça.
  • Se o seu sistema exigir mudanças na forma de trabalho, é melhor se preparar: as pessoas vão resistir. Garanta que a mudança vai valer a pena. Você também não ficaria exatamente feliz se um dia alguém simplesmente decidisse que você vai ter que migrar os códigos para uma linguagem nova, maravilhosa e obscura que o chefe conheceu no último congresso em São Paulo. Usuários são pessoas comuns, com um trabalho diferente.

* Lista será atualizada/modificada conforme inspiração.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

A volta da que não foi


Pouco mais de 8 meses desde a última postagem no blog.
Não, eu não morri. Não, ainda estou longe do doutorado. Mas também não desisti do mestrado.

Desistir do mestrado? Eu? Depois de tanto esforço?
Não, eu não faria.
Mas olha, preciso fazer uma confissão: não está sendo fácil.

O período entre julho e janeiro foi bem pesado para mim: acabei fazendo o inverso da maioria das pessoas, cumprindo mais créditos no segundo semestre do que no primeiro. Dica: só faça isto se as disciplinas realmente valerem a pena.

A parte positiva é que foram áreas de estudo bem distintas, então eu não sentia tédio. Na mesma semana estudava, por exemplo, um método para pesquisa quantitativa, alguns princípios para desenvolvimento de Sistemas de Apoio à Decisão, a importância das rotinas para a Aprendizagem Organizacional e, para encerrar, o sofrimento no trabalho.

As atividades finais acabaram consumindo o mês de janeiro: só terminei oficialmente o primeiro ano de mestrado praticamente no Carnaval.

Depois vieram problemas de saúde na família, problemas de saúde meus, mudança na casa, etc.

No meio de tudo isto, muita leitura e estudo para identificar um objeto e um problema de pesquisa, uma vez que o pré-projeto da época da seleção não tinha aderência suficiente à linha de pesquisa. Li sobre avaliação de software, sucesso em tecnologia, uso de tecnologia, modelos de aceitação de tecnologia, apropriação...

E é neste ponto em que me encontro agora. Acho que achei um ponto de partida, ao menos.
Oremos.