Mas eu entendo o preconceito que vejo por aí: tem muita pesquisa qualitativa com problemas.
Exemplo: a pessoa quer investigar como a TI contribui para o microempreendedor. Aí o que faz? Um monte de entrevistas perguntando coisas como: "na sua opinião (porque é quali, oras! Tudo é na visão da pessoa #ironia), qual é a contribuição da TI para o seu negócio?". Aí seleciona as respostas que mais apareceram, vai lá e escreve os resultados. E põe lá que "realizou um estudo qualitativo".
Desculpa. Isso é jornalismo. Não é pesquisa qualitativa. (na minha opinião...mua ha ha).
Até onde aprendi, para responder à pergunta "como a TI contribui para o empreendedor" de modo qualitativo eu poderia fazer alguma das opções a seguir:
- Entrevistar microempreendedores. Primeiro faria perguntas para identificar o que há de TI na organização. Depois perguntar de onde veio a ideia de adotar a tecnologia, como foi a implantação, como ele usa aquilo. Depois perguntar, p. ex, se a pessoa consegue imaginar a empresa sem aquilo.
- Primeiro observar uma microempresa funcionando e identificar que tarefas envolvem TI. Depois pedir que as pessoas me falassem daquelas tarefas, pra que eu entendesse a importância delas para o negócio. E aí fazer a conexão TI-Negócio.
- Acompanhar uma organização que está adotando um sistema até que ele entrasse em operação, para indicar como ela mudou.
- (insira seu desenho de pesquisa favorito aqui).
Em todo caso, no processo de análise dos dados, eu iria buscando as conexões entre a TI, as razões para adotá-la e como as coisas mudaram depois que ela chegou. E jamais perguntar o que é que a galera "acha" que é.
Nunca viu uma entrevista nem uma análise qualitativa de perto?
Se aperreia não: no próximo post eu mostro um exemplo, baseado na opção 1. Vamos fazer algo como análise de conteúdo. Mas tem váaaarios tipo de análise qualitativa. Por enquanto só captei a ideia dessa...rss....
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